segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Inominável

Tenho o sentido das palavras na palma da minha mão. É quente, reconfortante, como o cheiro do verão, dos restos de uma noite quente emanando do pavimento, como nas madrugadas em que o ar se levanta do asfalto, lembrando África e o céu azul.


Não sei que vozes ouço ao longe, além do ladrar dos cães e do vento que me desliza pela espinha, entre a pele e a carne. Só pode ser o mar, clamando e assobiando eternamente.


O mar está azul e o dia amanhece. Visto-me, como e saio para a rua, por entre os carros e o Tejo que serpenteia leve.


Criado:Sábado, 15 de Novembro de 2008, 17:52:36


Modificado: 17-07-09 23:55


Última correcção: 10-08-09 23:46

Testemunho

Não tenho andado pelos lados da escrita.A minha cabeça e o meu corpo, embora extremamente despertos e ansiosos, não têm conseguido juntar as palavras num todo coerente e inventivo.


Embora uma noite, quando estava quase a dormir, tenha composto um poema de torrente, que envolvia sonhos e mares. Adormeci, e agora é apenas uma voz desfragmentada que me ronda os pensamentos.


Não o memorizei, perdendo-o com os fiapos da madrugada.

Nem estas linhas sinto muito criativas, mas prometo não ficar por aqui

.

Prometo que, artisticamente, não morri.

Voltarei em breve, ou assim o espero.

Não.

Voltarei certamente!


Até lá, que pode ser muito brevemente, tentarei colmatar esta lacuna com poemas ou textos que encontre esquecidos.


Por agora, vou de férias.