numa saída de campo espectacular.
(Proporcionada pelo Núcleo de Geologia da FCT-UNL ;-D).
Tirada Pelo autor deste blogue.
Poema para levantar a noite
Não peças silêncio ao dia e à noite.
Não peças o silêncio dos pássaros
das casas que estremecem
Nem das crianças que riem
dos adultos que gemem
dos cães que ladram.
Não peças silêncio aos cantores de rua
aos doidos da esquina que se deixam levar por comboios
e eléctricos guinando desesperados por Lisboa
aos namorados que sussurram entre si
palavras de amor .
Não me peças silêncio quando te falo
em olhares lancinantes
Ou em sorrisos rasgados
e palavras escolhidas a dedo
Não peças silêncio à cidade que se estende em altos e baixos
desordenada com os gritos das varandas
o som dos pedintes
os condutores a gritarem entre si.
Não peças silêncio aos estudantes que vivem sorrindo
a quem fala sozinho
a quem fecha os olhos nos cacilheiros que percorrem a água
lentamente
Não peças silêncio a quem fala
alegre
e a quem suspira de paixão à beira tejo .
(Se é que há quem suspire de paixão
À beira tejo.)
(Mas toda a gente suspira de paixão
À beira tejo.)
Pede silêncio a quem não diz nada,
aos ruídos brancos disparados
pelos políticos e empresários
que te devoram metaforicamente por dentro
do alto dos seus esgares de quem
se devora metaforicamente por dentro
mentindo e deixando de lado os sonhos.
Mas não peças silêncio a quem ri.
Não peças o silêncio dos pássaros
das casas que estremecem
Nem das crianças que riem
dos adultos que gemem
dos cães que ladram.
Não peças silêncio aos cantores de rua
aos doidos da esquina que se deixam levar por comboios
e eléctricos guinando desesperados por Lisboa
aos namorados que sussurram entre si
palavras de amor .
Não me peças silêncio quando te falo
em olhares lancinantes
Ou em sorrisos rasgados
e palavras escolhidas a dedo
Não peças silêncio à cidade que se estende em altos e baixos
desordenada com os gritos das varandas
o som dos pedintes
os condutores a gritarem entre si.
Não peças silêncio aos estudantes que vivem sorrindo
a quem fala sozinho
a quem fecha os olhos nos cacilheiros que percorrem a água
lentamente
Não peças silêncio a quem fala
alegre
e a quem suspira de paixão à beira tejo .
(Se é que há quem suspire de paixão
À beira tejo.)
(Mas toda a gente suspira de paixão
À beira tejo.)
Pede silêncio a quem não diz nada,
aos ruídos brancos disparados
pelos políticos e empresários
que te devoram metaforicamente por dentro
do alto dos seus esgares de quem
se devora metaforicamente por dentro
mentindo e deixando de lado os sonhos.
Mas não peças silêncio a quem ri.
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