Hoje é o dia de Carl Sagan. Através dos seus livros aprendi a beleza da Ciência e da Realidade.
Para o celebrar, deixo-vos aqui um poema em tributo. Poderia estar melhor, mas a urgência de o homenagear é demasiada. Considerem-no, talvez, um poema em construção.
Tributo a Carl Sagan.
Dizem que perco a poesia
ao preferir a realidade.
Dizem que me rouba o romantismo
Os sonhos construídos no desejo de morrer.
Que o belo está noutro mundo,
assim como o amor.
Que o que temos é pouco, tão pouco
e que eu devo estar vazio, tão vazio.
Mas como me podem considerar menos romântico
menos poeta, menos completo,
se enquanto eles sonham com o pedaço de Terra que moldaram à sua imagem
Eu sonho o Universo, a glória boreal do Sol, do vácuo,
as explosões massivas das estrelas, os rodopios fascinantes das galáxias,
a poeira das estrelas suspensa num raio de luz.
Mas como me podem eles acusar de cientismo,de brutidão
se vivem numa pequena redoma que não sente nem a aurora
nem o espaço?
Mas como me podem eles acusar de falta de imaginação,
se nem compreendemm o que se estende à nossa volta?
Mas como podem eles ser poetas
se não sabem a realidade?
Porque a Nova Poesia
é a realidade.
Obrigado, Carl Sagan.
Sem comentários:
Enviar um comentário