quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Aliteração ou Poema Selvagem

Paisagem do Tejo ,tirada em Abrantes, por Manuel Anastácio
Imagem encontrada em Wikimedia Commons



Aliteração ou Poema Selvagem




Passo paciente pelo paredão de pedra

Sonhando sorridente sensações sem sol


E no ar alto da alvorada de algas e amendoeiras

Em flor frágil e flutuante fugindo febrilmente

Vejo vozes que voam com vontade

De chegar calmamente ao cais de cal e contos

Perdidos prazenteiros pelo porto

Em esgares esgazeados de ébano esmaecido

E maresia mole e migalhas e milhares de mundos

Despedaçados docemente

No orvalho

Matinal

E na brisa

Clara

E

Escura.


E os poetas portugueses perdem-se pela paisagem parada.



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